quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"A impermanência sutil "

"Ao entender a impermanência sutil, compreendemos que tudo muda de instante a instante, momento a momento. A cada micro-segundo uma pessoa está mudando.

Podemos dar ao envelhecimento um brilho confortável dizendo que uma criança está crescendo e ficando maior, mas, na verdade, a partir do momento que ela nasce, a criança envelhece todo dia e cresce em direção à morte. O mesmo vale para as estações e todas as outras coisas.

Dizemos: “agora é verão”, e temos a ideia de que, embora o verão seja impermanente, ele parece ininterrupto. O verão de repente acaba e chamamos isso de outono. Na realidade, as coisas mudam a todo instante; mesmo as partículas mais sutis de matéria mudam continuamente. Nada permanece estável de um momento para outro. Isso é a impermanência sutil.

A impermanência é um fato com que devemos nos acostumar e não esquecer. Façamos com que essa compreensão cresça em nossas mentes. Assim, teremos menos apego às coisas desta vida, e nossa habilidade de entender os ensinamentos, colocá-los em prática e repousar na equanimidade da meditação vai aumentar. Treinar a mente na compreensão da impermanência tornará mais fácil a prática da meditação.

Costuma ser dito: “se você se agarra a esta vida, não é um praticante”. Ao se apegar às coisas desta vida e sentir que o que temos não é suficiente, desperdiçamos nosso tempo e lentamente nossa vida se esvai.

Meditação - Antes e Agora!

domingo, 10 de outubro de 2010

Autoconsciência permanente


O homem está identificado com muitos valores meramente superficiais da sua personalidade e do mundo . Confunde-se com eles . No momento duma emoção , crê ser , por completo essa emoção. Tem uma idéia e crê ser ele próprio essa ideia . Falta-lhe um eixo constante da personalidade , uma autoconsciência permanente.
Vive como um reino dividido , onde suas faculdades e níveis de consciência são separados e se contrapõem entre si.
A unificação dessa complexa estrutura leva-o ao equilíbrio . A essa unificação dá - se o nome
de Yoga.


Antonio Blay

terça-feira, 20 de julho de 2010

A disciplina como proteção

"...Todas as tristezas e medos desta vida e das futuras, assim como todos os méritos e virtudes, surgem da mente. Devemos, então, ao aplicar o estado desperto (em outras palavras, não esquecer os princípios sobre o que adotar e o que rejeitar), tomar posse de nossas mentes, protegendo-as bem com introspecção vigilante, repetidamente examinando nosso comportamento físico e mental.

Todos os treinamentos estão contidos nesse esforço. Todas as disciplinas — tanto dos iogues de cabelos longos e mantos brancos quanto dos monges de açafrão — devem ser um instrumento para proteger a mente com um sentido de consciência moral, tanto em relação a si mesmo quanto aos outros."

(extraido de um texto budista.)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

A Unidade na Diversidade

Os seres humanos não são seres sem uma origem, pois a sua origem está na Terra. Se eles se originaram na Terra, devem também ter adquirido suas consciências unitárias deste planeta. Eles não poderiam tê-las adquirido de nenhuma outra entidade. Logo, deve também existir a consciência aqui na Terra. Assim sendo, a consciência unitária existe na terra; caso contrário, o corpo humano, que é originário deste planeta, não poderia ter a consciência unitária.
A Terra surgiu do Sol - uma bola de fogo cuja existência depende de certos gases encontrados, primeiramente, no fator aéreo. O Sol, dessa mesma forma, depende do fator aéreo, do qual se originou. Da mesma forma, o fator aéreo (váyu ) depende do fator etéreo, porque se não houvesse éter não haveria espaço para o ar existir. A origem do ar pode ser encontrada no fator etéreo. Podemos dizer que o fator etéreo é a origem do ar, do Sol, da Terra e, finalmente, dos seres humanos.
O fator etéreo, não tem forma, nem o seu tamanho pode ser mensurado. Ele nada contém, formando um vácuo, o espaço, tão somente. Entretanto, logicamente, teremos de admitir que ele contém a consciência. Do contrário, os seres humanos que foram formados a partir do éter, não teriam obtido a consciência unitária. Portanto, a única entidade que pode existir no éter é a consciência.
Da mesma forma, o éter, que nada contém, exceto a consciência, deve ser composto de consciência.
A consciência está em Brahma e, portanto, o éter, tem a sua origem em Brahma, tão-somente.
Logo, o fator etéreo se originou de Brahma, assim como o resto do universo, uma vez que, como foi demonstrado, a origem do ar, do fogo, da água, da Terra e de todo o reino animal e vegetal está unicamente no fator etéreo.
Desta forma, toda a criação é feita somente de Brahma.
Unicamente Brahma é a causa da criação do universo.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

INTELECTO E INTUIÇÃO



Por trás de todo conflito, crueldade e desconfiança na Humanidade, há o intelecto desorientado. Isto é, o intelecto não está se movendo no caminho certo – não está vinculado ao bem-estar coletivo. Até que algumas mudanças sejam efetivadas na mente humana, nenhuma solução mundial permanente será possível.

(Visão Cósmica, 1979)

P.R.Sarkar

sexta-feira, 25 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

ESPIRITUALIDADE - A BASE DA VIDA
A espiritualidade provê à humanidade aquela sutil e tremenda força com a qual nenhum outro poder pode ser comparado. Portanto, tendo a espiritualidade como base, uma filosofia racional deve ser desenvolvida para lidar-se com os problemas físicos, psicológicos e sóciofilosóficos da atualidade.
(Idea and Ideology)
Os pensamentos de P.R.SARKAR

terça-feira, 22 de junho de 2010

Unificação dos estados de consciência - primeira parte

A concentração em um único ponto, promove como resultado imediato, a interrupção momentânea de todas as distrações e automatismos mentais que dominam , ou mais precisamente, constituem a consciência comum.
Entregue às associações, produzidas pelas sensações, o homem passa a vida deixando-se invadir por uma infinidade de momentos desconexos e exteriores a ele.
Os sentidos ou o subconsciente introduzem continuamente na consciência objetos que a dominam e a modificam, ao sabor de sua forma e intensidade.
As associações dispersam a consciência e a traem, quando a projetam para fora.
Mesmo em seus esforços intelectuais o homem é passivo, pois o destino do pensamento vulgar, é ser "pensado" pelos objetos.
Sob as aparências do pensamento, esconde-se, na realidade , um cintilar indefinido e desordenado, alimentado por sensações, palavras e memória.
A prática de concentrar em um único ponto, tende a controlar as duas fontes geradoras do fluxo mental : a atividade sensorial, e a atividade do subconsciente.
Diz-se controle, a capacidade de intervir à vontade, no funcionamento dessas duas fontes de "turbilhões mentais"(citta - vrtti).
A obtenção dessa descontinuidade da consciência, resulta numa verdadeira "vontade", isto é, o poder de reger livremente um importante setor da atividade psicossomática.

Do livro "Yoga, Imortalidade e Liberdade" de Mircea Eliade